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Outubro Rosa: especialista esclarece mitos sobre próteses de silicone e câncer de mama
Próteses de silicone e câncer de mama: mitos e verdades
Durante o Outubro Rosa, a campanha de conscientização sobre o câncer de mama traz à tona diversas dúvidas, especialmente sobre o uso de próteses de silicone e a relação com a doença. O Dr. Luiz Haroldo Pereira, cirurgião plástico, membro e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica que o risco de desenvolver câncer de mama em pacientes com próteses é menor que a média geral. Ele também ressalta os avanços na cirurgia reconstrutora, que em muitos casos, pode ser realizada junto à mastectomia.
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Tecnologia e detecção precoce facilitam cirurgia reconstrutora
O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento e da reconstrução mamária. “Com a evolução tecnológica, o câncer de mama pode ser detectado em estágios iniciais, o que amplia as opções de reconstrução. Hoje, é possível identificar tumores de até meio centímetro, permitindo abordagens menos invasivas”, explica Dr. Luiz Haroldo.
Em 95% dos casos, a quadrantectomia – que remove apenas a parte comprometida da mama – substituiu a mastectomia radical, uma abordagem mais agressiva que era comum no passado. “A retirada total da mama ficou no século passado. Atualmente, conseguimos preservar a maior parte do tecido mamário”, afirma o cirurgião.
Reconstrução imediata e uso de expansores
Após a retirada do tumor, a reconstrução pode ocorrer no mesmo procedimento cirúrgico. “De modo geral, retiramos a lesão e já realizamos a reconstrução mamária. Em casos mais graves, utilizamos expansores para preservar a pele, e muitas vezes, podemos já inserir a prótese de silicone”, detalha o especialista.
Próteses de silicone não aumentam risco de câncer
O Dr. Luiz Haroldo é enfático ao esclarecer que não há evidências que associem o uso de próteses de silicone ao aumento do risco de câncer de mama. “Os estudos mostram que o percentual de pacientes com próteses que desenvolvem a doença é muito baixo. Antes da cirurgia de colocação de prótese, realizamos exames de imagem para descartar qualquer anormalidade, o que facilita a detecção precoce de possíveis lesões”, afirma.
Mamografia segura em pacientes com prótese
Para quem já possui próteses de silicone, o médico tranquiliza quanto à segurança da mamografia. “Com os implantes modernos, o risco de rompimento durante o exame é mínimo. A mamografia digital e a ressonância magnética oferecem alternativas seguras e não traumáticas. O mais importante é manter os exames em dia”, reforça.
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