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Guarujá em Foco

Pavimentação ainda é um problema em Guarujá

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As chuvas intensas das últimas semanas vem castigando as ruas sem pavimentação em Guarujá, que estão cheias de buracos e lama. Moradores cobram projetos e verbas para áreas periféricas

Karina Mingarelli
Da Reportagem

As chuvas intensas das últimas semanas vem castigando as ruas sem pavimentação em Guarujá, que estão cheias de buracos e lama. O anúncio da revitalização do pavimento na Avenida Mário Ribeiro, no Centro de Guarujá, gerou revolta entre moradores dos bairros que lutam por pavimentação em suas ruas há décadas, sem sucesso.

Infelizmente, pavimentação de ruas continua a ser um problema na cidade, que necessita dos cofres públicos para realização do serviço nos bairros. Nas regiões centrais, a realidade é bem diferente. Em Vicente de Carvalho, a Avenida Santos Dumont foi recentemente recapeada e, na Enseada, as obras de revitalização na Av D Pedro I seguem a todo vapor.

»» Leia também: Guarujá tem programação de missas e cultos para Dia de Finados

Com verba de R$ 21, 6 milhões, o projeto de revitalização em trecho de 1,3 quilômetros na Rua Mário Ribeiro, na região central do município, anunciado na última semana, prevê intervenções urbanísticas, mobilidade, paisagismo, melhoria na iluminação pública e na drenagem pluvial, calçadas acessíveis, confecção de novas guias e sarjetas, renovação asfáltica, sinalização viária e cruzamentos elevados.

Av Mario Ribeiro, no Centro de Guarujá – foto: PMG

A reportagem percorreu a via e, em comparação com outras ruas da cidade, constatou que trata-se de um investimento de melhoria sem qualquer demanda de urgência. Atualmente, a Mario Ribeiro encontra-se em estado satisfatório de conservação, com sinalização de solo ainda visível e iluminação pública boa, exceto em trechos sem poda de galhos de árvores.

O que não se pode dizer de outras vias da cidade. Recentemente, publicamos com destaque a situação de moradores do Jardim Las Palmas, que demandam do poder público o asfaltamento de algumas ruas do bairro ainda sem pavimentação e que, de acordo com informação passada pela prefeitura está há um ano em planejamento, mas não se concretiza por falta de investimentos. Essa demanda, inclusive, foi um compromisso de campanha assumido com os moradores do local.

Rua no Jd Las Palmas

Morrinhos sente o abandono

Moradores das travessas da avenida Presbítero Benedito Lemos de Souza (antiga Av 5), no Morrinhos, também entraram em contato com a redação para denunciar a condição das ruas no bairro. Eles cobram há décadas a pavimentação nas vias.

Travessa no Morrinhos 2

“Já falei com ‘Deus e o Mundo’ e nada de asfalto nas travessas do Morrinhos I, II, III, IV. Toda eleição é a mesma coisa. Fizeram o asfalto lá na principal, mas o povo não anda só nas ruas principais. E o asfalto que tem nas outras ruas? Estão todas esburacadas”, contou o marinheiro Elias da Silva, de 56 anos.

“A prefeitura só tem olhos pro centro da cidade, só faz melhorias nas ruas dos turistas e a gente, que vive na cidade, que paga imposto com sacrifício, fica comendo poeira em dia de sol, e amassando lama em dia de chuva. Estamos abandonados”, disse a costureira Conceição Veiga, de 38 anos, moradora da Travessa 287.

Travessa no Morrinhos I

Proprietários de imóveis também cobram melhorias

Moradores do ABC Paulista, proprietários de imóvel na cidade, enviaram queixa à nossa reportagem sobre a situação na Avenida Lídio Martins Correia, no Morrinhos. Servidores do Estado aposentados, o casal Fátima e Orlando Castro, questionaram o planejamento da infraestrutura da cidade e cobram ação do governo.

“Moramos pertinho, em São Bernardo (SP), e gostamos de reunir a família aqui na Enseada. Mas a volta para casa é sempre sofrível. No trecho de acesso à rodovia Cônego Domênico Rangoni, além dos buracos, em dias de chuva a avenida fica alagada. As pessoas reduzem a velocidade, afunilam o trânsito e pioram muito o congestionamento. Ou ficamos parados no túnel, ou no Morrinhos, ou na balsa. Todas as saídas da cidade tornaram-se armadilhas de segurança para visitantes, imagine para os moradores? Alguém precisa resolver isso”, cobrou a servidora.

Drenagem – Infelizmente, a situação não é novidade e a mobilidade no trecho está sempre em discussão, mas nunca se chega a uma solução, de fato. Além dos desníveis nas duas pistas devido aos inúmeros remendos no asfalto, a drenagem é um problema que afeta também os ciclistas, pois as ciclovias ficam intransitáveis devido à água de chuva que se acumula em diversos trechos.

Em maio deste ano, a prefeitura executou melhorias na avenida Lídio Martins Correia no trecho entre o túnel e a Avenida Raphael Vitiello, no valor de cerca de R$ 2 milhões, mas desde então, nada foi anunciado para o trecho da rotatória até a pista de acesso à rodovia.

Contingência – E nem deve ser anunciado ainda neste ano de 2023, uma vez que a cidade está executando um plano de contingenciamento econômico que cancelou novos contratos e convênios até dezembro.

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