O peixe Barrigudinho se alimenta de larvas de mosquito, incluindo as do transmissor da dengue, chikungunya e zika. Foto: PMG
Visando o combate a dengue, a Prefeitura de Guarujá começa a usar uma estratégia diferente e eficaz ao Aedes aegypti, mosquito transmissor. É a distribuição de pequenos peixes predadores em locais estratégicos, que se alimentam predominantemente de larvas, incluindo as do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika.
Equipe faz a retirada da espécie em córregos e canais. Foto: PMG
Peixinhos da espécie Poecilia Reticulata, popularmente conhecidos como “barrigudinhos”, são despejados em locais com grande acúmulo de água, como piscinas abandonadas, obras e poços de elevadores. Por seu tamanho pequeno – podendo chegar até a 3,5 cm – eles conseguem se movimentar em locais estreitos devido à vegetação ou ao acúmulo de lixo, além de se reproduzirem rapidamente.
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No momento, são 124 pontos de monitoramento com os peixinhos em toda a Cidade. A equipe de Combate e Controle às Endemias, vinculada à Secretaria de Saúde (Sesau), é a responsável por todo o processo: realiza a retirada da espécie em diversos córregos e canais, os tratam em um viveiro até serem destinados aos pontos estratégicos.
Antes da destinação, a equipe vistoria cada local denunciado. Em piscinas abandonadas em propriedades privadas, por exemplo, os agentes contam com uma estratégia eficiente. “Colocamos os peixinhos em uma garrafa com água e pequenas pedras, e damos um jeito para essa garrafa chegar até a piscina por cima do muro”, contou Ana Lúcia Gama, gerente de Combate e Controle às Endemias.
A espécie também se adapta bem a diferentes ambientes aquáticos, como lagos, córregos e reservatórios de água. “Essa abordagem reforça a importância do controle biológico, diminuindo a necessidade do uso de substâncias químicas, como inseticidas, e contribuindo para o equilíbrio ecológico”, explicou Ana Lúcia.
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