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Perto do fim. Um novo começo.

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Praticamente, em todas as atividades humanas, quando elas chegam perto do fim, a tendência é simplesmente “deixar rolar”.

Na política, então, nem se fala. Quando as coisas terminam, nos casos de final de mandatos, principalmente, tudo que era fiscalizado, ou até mesmo programado, salvo o que é exigido pela lei, tende a “ficar maneiro”.

Nestes dias em que a atual administração pública de uma cidade chega ao seu final, coisas que não haviam, costumam aparecer; e coisas que existiam, costumam desaparecer. Nossa cidade não é exceção.

A saber:

Menos guardas nas ruas. Patrulhamento também, principalmente no trânsito. A temporada de Verão já está em curso, e o patrulhamento só existe no centro. Coisa que acontece sempre, e quanto mais aparece no centro, menos se vê nos bairros.

Guarda-vidas, aqui na Astúrias, começa a faltar. Talvez isto seja somente no meio da semana e no final de semana haja mais interesse em manterem um efetivo maior.

Nos bairros, o mato das ruas cresce, nos canais dos bairros a limpeza deixou de existir. Lombadas não são mais pintadas e dizem que muitos radares estão inoperantes. Então, “pau na máquina”.

Na verdade, é o marasmo de perto do fim. Os estertores da administração.

Por que isso? É que a maioria dos funcionários estão preocupados com a síndrome do primeiro dia de mandato da nova administração.

Daí correrem para emendarem as pontas soltas; possíveis falhas de desempenho anterior, acertar os ponteiros, pôr tudo em ordem e, o mais importante, ver a possibilidade de se manter no cargo.

Sem contar a conversa amiga com vereadores para ficar com FG, ou ganhar um. Sabe como é, dinheiro nunca é demais.

Outra coisa curiosa, que ocorre nestes momentos, é a procura daqueles a quem se prestou algum favor, usando de influência por estar dentro da máquina, para ver como possa receber alguma ajuda de modo a não ficar fora da administração que em 1º de janeiro chega para mudar tudo e todos, se for o caso.

É uma loucura. E os boatos, então. “Opa, soube? Fulano vai ficar”, “ Xiii, o sicrano vai sair, e agora? Quem vai pra lá?”, “Não sei quem deu um jeitinho e prometeu aquele cargo a beltrano”…

Enfim, estamos falando do acúmulo de interesse individual que a vida política proporciona a quem vive como satélite girando em torno do poder, fazendo valer sua network.

E neste frisson alucinante, o que muitas vezes ocorre é o descompasso, ou a falta de equivalência ou a adequação/capacidade de um ser humano, sabe-se lá quem, para o trabalho a ser desempenhado.

Estamos aguardando o “novo time” da política municipal. Dependendo da escalação, poderemos imaginar a possibilidade da vitória a ser conquistada em quatro anos. Seja qual for, vamos torcer pela camisa santamarense, respeitar, ajudar, procurar fazer parte da solução, porque já corre nas esquinas o montão de gente que espera ansiosamente a escalação, porque gosta mesmo é de fazer parte dos problemas.

Assim, já é hora de saber os nomes. Boa sorte para o Farid, e boa sorte para todos nós.

Quando a administração pública acerta, o bem é de todos.

 

Sérgio Motti Trombelli é professor

universitário e palestrante cristão

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