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Guarujá em Foco

Sem reservatório de água, Guarujá segue refém do desabastecimento

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Construção do reservatório da cava da pedreira é um dos projetos mais aguardados pela população de Guarujá, que sofre constantemente com problemas de desabastecimento de água

Karina Mingarelli
Da Redação

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), anunciou nesta semana que revogou o edital para adequação da Cava da Pedreira em um reservatório de água que atenderia majoritariamente ao município de Guarujá. Embaraço jurídico e projeto defasado são justificativas da empresa para adiamento das obras.

A cava está localizada em área próxima à Rodovia Cônego Domênico Rangoni, e após conclusão do reservatório, será capaz de armazenar 3 bilhões de litros de água bruta, o que, por si só, garantiria o abastecimento de Guarujá por dois meses.

— Leia também: Guarujá chama público-alvo para tomar a vacina bivalente contra a covid-19

A construção do reservatório é um dos projetos mais aguardados pela população de Guarujá, que sofre constantemente com problemas de desabastecimento de água. Especialmente áreas de Vicente de Carvalho, Santa Rosa e Enseada (bairro), na alta temporada de férias.

A Sabesp, por meio de sua assessoria, informa à nossa reportagem que “dada à impossibilidade de prever a conclusão do processo judicial, o edital foi revogado”. O processo refere-se ao impasse sobre o valor da área a ser adquirida pela concessionária, um dos motivos pelo atraso do projeto.

Outra justificativa é a defasagem do edital lançado em maio de 2021, “que já não corresponde à realidade do projeto”, informa a concessionária. Ainda que não informe quando o imbróglio será resolvido, a empresa afirma que continua trabalhando para que o processo de liberação da Cava ocorra o quanto antes.

“Novo edital para contratação das obras por licitação será lançado tão logo sejam concluídas a revisão dos valores e a decisão judicial. A Sabesp aguarda o resultado de perícia determinada pela Justiça Federal”, conclui a nota.

Prefeitura de Guarujá aguarda definição

Sobre a decisão da Sabesp, a Prefeitura de Guarujá informou à nossa redação, que irá aguardar o desenrolar dos fatos. “A Prefeitura de Guarujá aguarda, por parte da empresa, o recálculo do projeto e o desembaraço do processo judicial que envolve a questão, para o lançamento de nova licitação que tire, finalmente, a ideia do papel”.

No entanto, faz cobranças à concessionária de projetos já previstos em contrato com a cidade, visto que Guarujá é a única cidade da Baixada Santista que não dispõe de sistema de reservação de água que suporte a demanda de abastecimento da população durante o período de estiagem, que atinge todos os anos os rios Jurubatuba e Jurubatuba-Mirim.

“Dessa forma, o Município espera que a situação seja conduzida pela Sabesp com a maior celeridade possível e, ainda, que a empresa adote soluções urgentes para evitar problemas de desabastecimento de água na Cidade, como os observados nos últimos anos”, informa a nota.

“Projetos como o reservatório do bairro Morrinhos, que prometem atenuar os episódios de desabastecimento, precisam e devem ser executados com a maior rapidez possível. Para tanto, a Prefeitura de Guarujá mantém contratualização com a Sabesp e espera da companhia a garantia da prestação de um serviço digno e que atenda às necessidades de seus clientes, contribuintes da Cidade”, destaca em nota.

Estiagem

Em julho do ano passado, quando uma estiagem prolongada ocorreu na região, a cidade de Guarujá como um todo ficou cerca de duas semanas com baixa pressão na rede de distribuição. Nas áreas periféricas, como Pae Cará e Jardim Umuarama, Morrinhos, Mar e Céu e Areião, o abastecimento ficou praticamente zero por mais de 10 dias.

O Conselho Municipal de Saneamento Ambiental esteve reunido na época para discutir a situação emergencial da falta de água na rede de abastecimento de Guarujá. Naquele momento, uma equipe visitou Jurubatuba, o atual sistema de captação de água que abastece Guarujá, para constatar o nível baixíssimo do volume do reservatório, e reforçar a necessidade de se implantar um reservatório que atenda à demanda atual da cidade. Mas pouco se avançou na questão.

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