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Guarujá em Foco

Sindserv Guarujá apoia greve de merendeiras

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Por tempo indeterminado, paralisação começará na segunda-feira em 15 creches e dez escolas. Na foto, assembleia de decretação da greve, na terça-feira (26)

Sem pagamento de vale-refeição e vale-transporte, além de constantes atrasos salariais, 107 merendeiras terceirizadas de 15 creches e dez escolas municipais de Guarujá entrarão em greve na segunda-feira (2).

»» leia também: A pedido do MP, Guarujá suspende atividades de transportadores de resíduos de construção

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Coletivas da Baixada Santista e Litoral (Sintercub), Abenésio dos Santos, comunicou a paralisação na quinta-feira (28).

Ele oficiou à prefeitura e à empreiteira DML Eirele que a greve será por tempo indeterminado. E imediatamente recebeu apoio do presidente do sindicato dos servidores (Sindserv), Zoel Siqueira.

Segundo Abenésio, a empresa atrasa os salários e não paga a multa à categoria prevista na convenção coletiva de trabalho. Ela também não fornece uniformes e equipamentos de segurança.

Pagam a condução

O sindicalista revela que a empreiteira não deposita na CEF (Caixa Econômica Federal) o valor do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) que desconta das empregadas.

Ele explica ainda que a DML não providenciou o convênio médico e não negocia a ‘PLR’ (Participação nos Lucros ou Resultados), direitos previstos na convenção coletiva.

“A situação chega ao cúmulo das companheiras pagarem a condução do próprio bolso para ir e voltar do trabalho”, reclama o sindicalista, que já notificou os problemas diversas vezes à secretaria de educação.

Tristeza e insatisfação

“É a situações como essa que as terceirizações levam o serviço público”, diz Zoel Siqueira, que colocou o Sindserv à disposição do Sintercub para assembleias e outras atividades do movimento.

“Insatisfação e tristeza são os sentimentos diante do descaso com que a Educação vem sendo tratada na cidade. A greve acontece por causa da má gestão municipal”, diz o professor Zoel.

Segundo Abenésio, os vales refeição e transporte estão atrasados há dois meses e a secretaria de Educação não toma nenhuma providência. Ele estima que o contrato com a prefeitura seja de R$ 8 milhões por ano.

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