Guarujá em Foco
Sindserv participa do ‘Movimento Eficiência’
Evento reuniu sindicalistas do serviço público federal, estadual e municipal de todo o país, além de autoridades e especialistas em gestão, publicidade, marketing e comunicação
No Brasil, criou-se a ideia de que a iniciativa privada é eficiente, enquanto o Estado seria ineficaz. Esse conceito se aprofundou nos últimos 30 anos com o advento do neoliberalismo. A partir dessa lógica, muitas estatais foram privatizadas por valores abaixo do mercado, com o objetivo de pagar juros da dívida pública, beneficiando compradores nacionais e estrangeiros.
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O resultado dessas privatizações pode ser visto em tragédias como as de Brumadinho e Mariana (MG), após a privatização da Vale do Rio Doce, e na ineficiência de concessionárias, como as de energia elétrica.
Com essa visão, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Guarujá (Sindserv), Zoel Siqueira, participou do lançamento do ‘Movimento Eficiência’ (Move), em São Paulo, na terça-feira (3). O evento reuniu sindicalistas do serviço público federal, estadual e municipal de todo o país, além de autoridades e especialistas em gestão, publicidade, marketing e comunicação.
O encontro aconteceu na Afresp (Associação dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de São Paulo) e contou com cerca de 50 entidades, número que deve aumentar conforme o movimento ganhe visibilidade, segundo Zoel.
“Fui convidado e fiz questão de participar, porque os servidores precisam reverter essa propaganda falaciosa de que os empresários são sempre competentes, produtivos e excelentes, enquanto os gestores públicos seriam o oposto”, afirmou o sindicalista.
Zoel destaca que, embora a iniciativa privada seja habilidosa e qualificada, ao assumir serviços que deveriam ser de responsabilidade do Estado, o faz visando o próprio benefício, e não o da sociedade. Ele citou, como exemplo, a concessionária de energia Enel, cujos serviços prejudicam os paulistanos sempre que a cidade é afetada por simples intempéries.
Durante a pandemia, relembra Zoel, não foi a iniciativa privada que socorreu a população, mas sim os serviços públicos, especialmente os da saúde, mantidos por servidores.
“São os trabalhadores públicos que colocam a mão na massa para atender, principalmente, a população mais pobre, mas também as classes médias, apesar de serem constantemente desmerecidos por campanhas midiáticas”, declarou.
O dirigente acredita que o Move terá sucesso em sensibilizar a opinião pública e ganhar as ruas em breve. “O que vimos no lançamento foi uma força de vontade e disposição de luta muito grandes”, concluiu.
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