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Sobrinho da Dama da Viola, Helena Meirelles, reside em Guarujá

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A coluna desta semana traz para a pauta uma artista brasileira conhecida internacionalmente, com sua atuação pouco mencionada na cultura brasileira. Trata-se de Helena Meirelles.

Mas, porque um jornal de Guarujá lembraria desta violeira, cantora e compositora brasileira, reconhecida por seu talento como tocadora da denominada viola caipira no Mato Grosso do Sul?

Além desta coluna ter em sua essência conteúdo voltado para as artes em geral, bem como comportamentos e variedades, gostamos de mostrar para nossos leitores peculiaridades de nossa cidade e munícipes.

Quem leu a coluna da semana passada “Quem não gosta de Beatles”, já sabe que reside em Guarujá o homem que revelou Helena Meirelles para o mundo.

O jornalista Mário de Araújo , hoje empresário na cidade, é sobrinho da artista e é músico instrumentista. Ele foi o responsável pela projeção nacional e internacional da tia na década de 1980. A grande instrumentista do Pantanal subiu ao palco pela primeira vez aos 67 anos.

“Eu revelei a Helena para o Brasil, para mídia e para o mundo. Com quase 70 anos ela subiu ao palco pela primeira vez, em São Bernardo do Campo, em um show que eu produzi”, conta orgulhoso.

Mário conta que percorreu vários teatros com a tia artista. “Viemos tocar no Teatro Municipal de Santos, em várias unidades do SESC, com turnê pelo Brasil a fora. Junto com ela estive em muitos grandes teatros brasileiros”, lembra.

Embora na região Sudeste a artista não seja tão lembrada, Mário afirma que Helena Meirelles é um mito no Mato Grosso do Sul.

“Não foi feito um trabalho decente de manutenção da imagem dela. Enquanto eu estava com ela, como jornalista de cultura e produtor o trabalho foi muito frutífero. Lá, em sua região, ainda continua sendo uma gigante da MPB”, explica o empresário.

Quem foi Helena Meirelles?

A artista foi um sucesso nos anos 90, chegando a ser eleita pela revista americana Guitar Player, a maior revista de vilão e guitarra do Planeta, como uma das 100 melhores instrumentistas do mundo, por sua atuação nas violas de seis, oito, dez e doze cordas.

Em 2012, foi incluída na lista 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão, na categoria: Raízes Brasileiras, da revista Rolling Stone Brasil.

Entre 1994 e 2004, a artista gravou cinco álbuns. Sua carreira foi retratada em cinco documentários, entre eles “A Dama da Viola” (2004), com direção de Francisco de Paula e Dona Helena (2006), dirigido por Dainara Toffoli.

“Eu ainda vou escrever a biografia dela”, contou Mário, com exclusividade, à nossa coluna. Em breve, a gente volta falar desse grande ícone nacional por aqui.

Em 2017, o Women’s Music Event (WME), a plataforma digital criada para aumentar o protagonismo da mulher na música, promoveu a primeira edição do Women’s Music Event Awards by VEVO. As duas homenageadas foram Rira Lee e Helena Meirelles.

Em 2017, o Women’s Music Event (WME), promoveu a primeira edição do Women’s Music Event Awards by VEVO homenageando Rira Lee e Helena Meirelles. 

Sua música é reconhecida pelas pessoas nativas do Mato Grosso do Sul, como expressão das raízes e da cultura da região. Helena faleceu em 2005, em consequência de uma parada cardiorrespiratória, aos 81 anos.

Artista dá nome para espaços culturais e teatros pelo Brasil

Para se ter uma ideia do tamanho da artista, o conceito Helena Meirelles está estampado em nomes de parques, teatros e espaços culturais.

Um dos espaços culturais mais importantes de Campo Grande, que fica dentro do Parque das Nações Indígenas, por exemplo, se chama ‘Concha Acústica Helena Meirelles’.

No Conjunto Ferroviário, também conhecido por Esplanada dos Ferroviários, um centro cultural em que funcionam várias instituições, localizado no antigo terminal ferroviário da cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, que levava o famoso trem do Pantanal, há um espaço chamado Armazém Cultural Helena Meirelles.

Em Bataguassu, um município situado na divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo, o Museu Municipal Helena Meirelles segue recebendo visitantes com têm contato com a cultura do cerrado, e conhecem a história da artista.

Recentemente, estudantes receberam a exposição “Toque o som da minha terra”, com menção à musicista.

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