Só Para Pensar – Sergio Trombelli
Sociocentrismo
Sérgio Motti Trombelli
Nas andanças do pensamento universal, o mundo já balançou indeciso entre várias possibilidades no que tange ao ser humano e à sociedade.
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Dentre todas as formas, contudo, nunca havia chegado a um momento em que, mais do que a importância do indivíduo, o social acabasse ganhando uma predominância e interesse sem igual.
Do Teocentrismo Medieval, passando pelo Antropocentrismo Clássico, hoje pousamos com todas as forças num Sociocentrismo, do qual duvido que saiamos tão cedo.
E por quê?
Já discorri nesta coluna sobre o valor místico que o progresso e a sociedade possuem. De fato, mesmo se levarmos em conta apenas a missão de vida de cada ser humano, dá para perceber que o plantio é individual, mas a colheita é coletiva.
Em outras palavras, o trabalho de cada qual se efetiva no outro, afinal, sem este, o sentido do fazer daquele não teria finalidade nenhuma.
Trabalhamos para o coletivo. Médico sem pacientes não clinica, professor sem alunos não ensina, motorista de coletivo sem passageiros não tem por que andar e assim sucessivamente. Desta forma, um precisa de todos e todos precisam de um.
A este agrupamento de interesses e trabalho coletivo, no qual gravitam seres humanos, damos o nome de sociedade. E onde vive a sociedade? No município.
Claro que estamos num estado, o qual está num país, mas o local de moramos verdadeiramente é na cidade. Nela é que habitamos e exercemos nosso mister profissional em benefício dos demais e de nós mesmos, porque através dele recebemos o sustento necessário à subsistência.
Daí todos, numa comunidade municipal, serem responsáveis por esta comum unidade. E esta responsabilidade se estende a todos os níveis necessários à vida em grupo, incluindo respeitar a convivência dos diferentes num espaço único.
Eu acredito que este seja o nível mais alto de civilidade que poderíamos desejar. Em outras palavras, sermos corresponsáveis por tudo que diz respeito à vida comunitária da qual nos servimos.
Quer seja o convívio com os outros, quer seja usufruindo do espaço comum, dos equipamentos à disposição dos moradores desta cidade, quer sendo escolhido para liderar ações sócio-políticas, ou escolher aqueles que exercerão a liderança do meio em que vivemos, isto é, escolhendo pelo voto.
Para este 2024, as peças do jogo político de nossa cidade estão postas no tabuleiro. Daqui para frente, elas se movimentarão para ganhar posições estratégicas, espaço, paixão, sobretudo ganhar confiança de todos os cidadãos e cidadãs: é momento de eleição e o futuro estará num gesto simples de apertar um botão.
Quem guiará a mão de todos os habitantes, aptos ao voto, desta unidade comum, chamada Ilha de Santo Amaro?
Seja quem for, não se esqueça de que o sociocentrismo, com o interesse do povo sendo respeitado, deve vir em primeiro lugar.
Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante cristão.
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