Um olhar crítico sobre o futuro de Guarujá

O lançamento do Programa de Educação em Tempo Integral em Guarujá marca um importante passo no cenário educacional da cidade. A inclusão de 798 estudantes em 15 escolas municipais no programa, visa não apenas a ampliação do tempo de ensino, mas também a diversificação das atividades oferecidas aos alunos.

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Mas será que estamos realmente prontos para transformar essa ideia em realidade?

O conceito de educação integral promete muito: mais tempo para aprendizado, atividades extracurriculares que desenvolvem habilidades diversas, e uma formação mais completa. No entanto, a implementação efetiva desse modelo exige planejamento cuidadoso, infraestrutura adequada e, acima de tudo, um compromisso verdadeiro com a qualidade do ensino.

Em Guarujá, não é o que temos visto de fato. Ainda há falta de profissionais nas salas de aulas e o ensino tem avaliação de 5,4 no Ideb dos anos finais. A promessa de um reforço no ensino no contraturno é bem recebida, mas é preciso responsabilidade no planejamento.

Neste ano eleitoral, é fundamental que a população de Guarujá esteja atenta às promessas feitas pelos candidatos e que exija ações concretas para a melhoria do sistema educacional. A transformação proposta pelo ensino integral não deve ser apenas um discurso político.

Nossos jovens necessitam que o ensino seja uma prática que beneficie verdadeiramente os alunos, preparando-os para os desafios futuros. Queremos que o impacto de um programa como este seja profundo, não apenas para os estudantes, mas para a cidade como um todo.

A educação de qualidade é um motor de desenvolvimento social e econômico, capaz de transformar realidades e abrir novos horizontes. Entretanto, para que isso aconteça, é necessário que o governo municipal se comprometa com a continuidade e a expansão dessa iniciativa, garantindo que todas as escolas tenham os recursos necessários para oferecer um ensino integral de qualidade.

Além disso, é importante que as ações sejam monitoradas e avaliadas constantemente, para que os ajustes necessários possam ser realizados ao longo do tempo. Cabe a nós, como sociedade, cobrar e assegurar que essa oportunidade seja aproveitada ao máximo.