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Use e abuse do seu biorritmo para curtir o melhor de 2022
Chegamos na última coluna do ano! Na hora de escolher a pauta desta edição, concluí que é comum no final de cada ano que, geralmente na véspera da virada, nós façamos um balanço de tudo o que aconteceu nos últimos doze meses.
Rever metas antigas, traçar novos objetivos e mentalizar boas intenções são prerrogativas da data para muitas pessoas. Até pensei em escrever sobre simpatias para ajudar na realização de nossos desejos no ano que chega. Ou buscar previsões astrológicas e horóscopos para tentar entender como será o ano de 2022, energética e astrologicamente, para planejar uma lista de desejos e vibrações.
Porém, considerei que muitos leitores podem não acreditar em rituais supersticiosos ou previsões genéricas. Neste sentido, escolhi um assunto baseado na ciência, que pode agradar gregos e troianos, por interesse ou pura curiosidade. O assunto é biorritmo. Você sabe o que é? Bateu aquela curiosidade?
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Então, é só acompanhar este texto para entender do que se trata, sua importância e como você pode usá-lo para melhorar a sua qualidade de vida em 2022, com ou sem Pandemia (eu prefiro sem!).
Mas o que é essa ciência pouco explorada? Para que entendê-la?
Talvez você já tenha enfrentado problemas para se levantar de manhã ou acorda todos os dias no mesmo exato minuto. Quem sabe, já teve o rendimento prejudicado quando precisou realizar alguma obrigação no final da tarde. Saiba que isso não é por acaso: a maneira como seu corpo responde aos estímulos externos varia de acordo com a hora do dia e é determinada pelas características de seu organismo.
Essa variação pode ser explicada por meio do biorritmo. Entender esse conceito ajuda a orientar sua rotina e garante que você tenha um rendimento melhor em suas obrigações.
O conceito de biorritmo começou a ser estudado por volta de 1870, primeiramente pelo Dr. Wilhelm Fliess, na Academia de Ciências de Berlim, seguido por Hermann Swoboda, psicólogo e professor na Universidade de Viena (Áustria), em 1897.
A junção dos estudos de ambos os cientistas permitiu determinar um ciclo físico de 23 dias, que afeta a sua resistência, a coordenação e o bem-estar. Também um ciclo emocional de 28 dias, que afeta o seu humor, a sensibilidade, a criatividade. Sigmund Freud — o “pai’ da psicanálise — deu sua colaboração para o processo, determinando também um clico intelectual, que teria duração de 33 dias, que afeta o pensamento analítico, a lógica, a capacidade de aprendizagem e a memória.
Os ciclos citados podem ser divididos em metades, formadas por dias positivos e negativos. Basicamente, você terá dias em que estará ou não disposto, feliz e produtivo. No ciclo físico, são afetados aspectos corporais, como músculos, imunidade e digestão; no emocional, pontos relacionados a criatividade, saúde mental, humor e sensibilidade; e, por fim, no ciclo intelectual, são afetadas memória, raciocínio, reflexos, concentração e agilidade.
Tendo como base o conhecimento dos ciclos de seu organismo e entendendo seu biorritmo, é possível adequar as demandas aos horários de maior rendimento. Além disso, fica mais fácil entender por que em alguns dias você se sente melhor que em outros, o que permite criar estratégias para lidar com os períodos negativos.
Por exemplo, se o seu físico está em curva descendente, é momento de se dedicar mais às atividades físicas para sentir-se melhor. Se a curva emocional está mais baixa, dedique um tempo para atividades de dê prazer. Use e abuse dos gráficos para melhorar o seu dia a dia.
Como fazer uma análise de biorritmo? Hoje, com o avanço da internet, você pode acessar calculadoras online que te demonstram as suas curvas de biorritmo. Basta colocar a sua data de nascimento. Com base nos algorritmos matemáticos, os cálculos são feitos desde o seu primeiro ano de vida, com uma projeção para seus dias atuais. Existem vários sites disponíveis. Na literatura, também há vários títulos disponíveis como o clássico “O Biorritmo Em Sua Vida”, de Daniel Cohen (Editora: Record/1976).
Como você pode revigorar seu corpo e sua mente?
Saindo um pouco de toda essa teoria, podemos definir o biorritmo também como relógio biológico. De acordo com os horários que você dorme e desperta, é possível determinar em quais momentos do dia terá mais produtividade.
Apesar de ser geneticamente definido, o biorritmo pode ser condicionado ou afetado de acordo com o estilo de vida e hábitos da pessoa. Por exemplo, a mudança no relógio biológico de quem fica exposto a uma situação específica e repetitiva, como quando alguém se acostuma a acordar cedo devido à rotina de trabalho.
Entretanto, algumas atitudes podem impedir que seu corpo padronize as funções fisiológicas, como não ter regularidade no sono. Para ajudar a melhorar seu biorritmo, separei algumas dicas essenciais que são, basicamente, fazer exercícios físicos, manter uma alimentação balanceada e dormir e acordar em horários fixos.
Entender como o biorritmo afeta o corpo é fundamental para encontrar as melhores estratégias e tornar a rotina mais confortável. Com isso em mente, garante-se mais qualidade de vida e bem-estar, já que o corpo estará habituado às exigências de seu dia a dia. Entender o relógio biológico pode ajudar, ainda, a melhorar a produtividade, pois é possível entender em quais momentos do dia você estará mais disposto.
Recomendações para adequar seu biorritmo
Dormir enquanto está escuro: Deitar cedo e acordar cedo (22h às 06h). Dormir tarde prejudica o repouso pela diminuição da liberação de melatonina. Pode parecer complicado acordar cedo para quem não tem esse costume, mas é algo que tende a se tornar um pouco menos difícil a cada dia até chegar ao ponto de se tornar um hábito.
Jantar cedo: algo leve como sopa, salada, um sanduíche, nada com muita proteína ou gordura, que requer uma digestão mais trabalhosa. Açúcar em excesso, nesse momento, pode resultar na desregulação de sono e predispor problemas de sobrepeso.
Ter horários regulares para as refeições (desjejum, almoço e jantar): Alimentar-se adequadamente também é um ponto fundamental para manter as funções corporais reguladas
Praticar exercícios físicos pela manhã ou à tarde: a noite pede atividades relaxantes, é antifisiológico fazer exercícios intensos quando o corpo está se preparando para encerrar o dia.
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