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Vape está na moda mas, pode trazer mais malefícios do que cigarro comum

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Nesta semana, a Anvisa decidiu manter proibição da venda de cigarros eletrônicos no Brasil

Por unanimidade, diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovaram o documento que mantém o veto à comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil. Segundo estudo da Covitel (inquérito de vigilância sobre doenças crônicas não transmissíveis), 1 a cada 5 jovens usa o dispositivo.

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A Anvisa decidiu manter a proibição do comércio, importação e a propaganda de cigarros eletrônicos no país, medida que já estava em vigor desde 2009, e teve a manutenção aprovada em votação unânime, nesta quarta-feira (6/7).

De acordo com uma pesquisa inédita do Covitel, um a cada 5 jovens entre 18 a 24 anos faz uso do dispositivo no país.

O estudo mostra que o índice é de 10,1% entre os homens, contra 4,8% das mulheres. O dado foi colhido através de entrevistas feitas com 9 mil pessoas por telefone, em todas as regiões do Brasil.

Além de vetar a comercialização, o Relatório de Análise de Impacto Regulatório (AIR) sugere ainda a modificação da norma para promover campanhas de combate ao tabagismo e definir ações de fiscalização do comércio ilegal.

Por conta da nova decisão da Anvisa, a coluna desta semana traz informações sobre de especialistas para informar que cigarros eletrônicos podem fazer mais mal do que um cigarro comum, o que é alarmante, pois os jovens aderiram ao ‘adereço´ tóxico.

Entenda o que é cigarro eletrônico e quais os riscos ele oferece à saúde

O hábito de fumar era associado a qualidades como charme, elegância e poder. O cinema induzia esta prática, exibindo belos atores fumando e incentivando esse glamour. Hoje sabemos que esse hábito é nocivo e causa a morte de 433 pessoas a cada dia, segundo Instituto Nacional de Câncer.

Agora, com a tecnologia o ‘Vape’, cada vez mais popular no Brasil, chamado de cigarro eletrônico ou e-cigarrette, tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta.

Assim como os cigarros nas propagandas do século 20, o ‘Vape’ se apresenta em embalagens colorida, com sabores diferentes, mas sem o cheiro ruim de cigarro tradicional, o que causa a falsa impressão e que não são nocivos.  Com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são comuns, especialmente, na vida de pessoas entre 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil.

No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina liquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários.

Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, incialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina.

Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena.

Ainda segundo os especialistas, o líquido produzido pelo cigarro eletrônico tem pelo menos 80 substâncias químicas consideradas perigosas e responsáveis por reforçar a dependência na nicotina.

Uso diário pode trazer lesão nos pulmões

Além disso, o uso diário de cigarros eletrônicos causa estado inflamatório em vários órgãos do organismo, incluindo o cérebro. Novas pesquisas indicam que a utilização também pode desregular alguns genes e fazer com que o usuário desenvolva uma condição chamada EVALE, lesão causada pelo produto nos pulmões.

O neurologista Walderley Cerqueira, do Hospital Albert Eisntein, explica que os efeitos no usuário variam dependendo da nicotina e dos sabores líquidos, que influenciam a forma como o corpo responde às infecções. Segundo ele, o vapes de menta, por exemplo, deixam as pessoas mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que outros aromatizantes.

Ainda segundo o médico, mesmo os vapes sem sabor são perigosos. Isso porque eles possuem outros aditivos químicos em sua composição, como a glicerina, formaldeído e a própria nicotina, que causam câncer.

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