A fitoterapia é o uso de plantas consideradas medicinais para tratar enfermidades.
É uma prática milenar: antigas civilizações como Egito, Índia e China faziam uso de ervas medicinais em suas práticas curativas, como chás e emplastros. No Brasil, a tradição indígena também utilizava plantas como meio curativo, conhecimento que foi enriquecido ao longo dos anos com a chegada das culturas africana e europeia.
O uso de plantas medicinais estabelece uma relação mais íntima entre o ser humano e a natureza, manifestando o sagrado dentro de nós.
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Na visão chinesa, o ser humano é uma extensão da natureza, e sua saúde resulta da harmonia entre ambos. Para restaurar o equilíbrio energético do corpo, usa-se ervas classificadas conforme suas propriedades térmicas (quentes, mornas, neutras, frias, frescas) e sabores (azedo, amargo, doce, picante ou salgado), características que determinam sua aplicação terapêutica.
Atualmente, a fitoterapia é reconhecida como uma prática complementar à medicina convencional. Estudos científicos têm investigado e validado os efeitos terapêuticos de diversas plantas, resultando na produção de fitoterápicos seguros para consumo.
O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou a fitoterapia como uma prática integrativa, disponibilizando medicamentos fitoterápicos na rede pública para tratar inflamações, infecções, distúrbios digestivos e outras condições.
Sua aceitação tem sido gradual no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão responsável pela regulamentação e supervisão dos fitoterápicos. Além disso, o Ministério da Saúde, por meio de políticas públicas, promove o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos no SUS, assegurando acesso seguro e eficaz à população.
Uma prática milenar que oferece recursos à medicina contemporânea, enfatizando a importância do equilíbrio e da sustentabilidade.
Célia Regina Santos é terapeuta
com atendimento em acupuntura, florais e ervas medicinais.
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