Prezados leitores, estamos em época de declaração do IRPF e considero importante abordarmos alguns problemas recorrentes, especialmente no caso dos profissionais autônomos.
»» Leia também: O tarifaço de Trump: isso impacta no meu bolso?
A cada ano, muitos cometem equívocos na hora de prestar contas ao Fisco, o que pode gerar multas e até complicações mais sérias com a Receita Federal. Um dos enganos mais comuns é omitir parte dos rendimentos.
Mesmo sem CNPJ, quem atua por conta própria deve informar tudo o que recebeu — seja por consultas, aulas, serviços técnicos ou outras atividades. Outro erro frequente é confundir despesas dedutíveis com gastos pessoais.
Por exemplo, um dentista pode lançar a compra de materiais usados no consultório, mas não o plano de saúde da família. E é essencial guardar comprovantes, como recibos e notas fiscais, para evitar problemas na malha fina.
Há também quem esqueça de preencher o carnê-leão ao longo do ano — alguns sequer sabem do que se trata. Trata-se do sistema utilizado para recolher mensalmente o imposto de quem presta serviços a pessoas físicas. Se houver pendências, ainda dá tempo de regularizar, mas haverá encargos.
A declaração não precisa ser um bicho de sete cabeças, mas requer atenção. Uma dica valiosa é usar a versão pré-preenchida, que já traz dados que a Receita possui, servindo como base para conferência e complementação. A Receita Federal disponibiliza materiais gratuitos com dúvidas frequentes e respostas confiáveis.
Portanto, informe-se! Evite seguir o exemplo de quem “faz assim há anos e nunca teve problema”, pois, no fim das contas, o CPF em jogo será o seu.
Fique atento(a) aos seus direitos e deveres!
Beatriz Biancato é advogada tributarista em Guarujá, com ênfase em Tributação Municipal, autora pela Editora Dialética e Idealizadora do Projeto gratuito “Tributário Sem Mistério”, cujo acesso pode ser feito através de
www.tributariosemmisterio.com.br.
COMENTÁRIOS