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Como tirar o uso do cigarro do cardápio do fumante?

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Crédito: Karina Zambrana

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, entre os fumantes que estão conscientes dos perigos do tabaco, a maioria quer parar de fumar.

Parar de fumar… (Oh céus!) Aqueles que já tentaram parar sabem que é uma tarefa nada fácil. Então, como tirar esse item do cardápio de um fumante? Uma coisa é clara: é preciso muita determinação. Existem diversos métodos que podem ajudar nessa tarefa, desde adesivos de nicotina, medicamentos e até apoio psicológico ou psiquiátrico.

— Leia também: Lado quente do ser é celebrado a partir desta semana

Neste semana, o vocalista Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, comentou sobre como começou a fumar e relatou a maneira pela qual conseguiu se livrar do vício, em seu canal do oficial no YouTube.

Ele – assim como eu – pertence a uma época em que era permitido fumar em qualquer lugar, até dentro do elevador! Fumar era “transado” (rs). E assim como essa gíria ficou no passado, o desconhecimento sobre os males da nicotina também ficou para trás. Hoje, quase todo mundo sabe que o cigarro faz mal. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, entre os fumantes que estão conscientes dos perigos do tabaco, a maioria quer parar de fumar.

Dinho relata em seu vídeo que, além de ajuda psiquiátrica para receber medicamentos, ainda usou artifícios como adesivos durante seus dias de abstinência da nicotina. Depois, nos dias em que o manejo do cigarro começou a fazer falta optou pelo uso de balas, para manter a “boca ocupada”.

Parece piada, mas não é: segundo especialistas (e aqueles que estão vivendo essa experiência de parar de fumar na pele), a dependência psicológica do contato do cigarro com as mãos e a boca parece durar muito mais do que a dependência química do tabaco e da nicotina.

O que acontece com o corpo de quem para com o vício?

  • Dentro de 20 minutos, o ritmo cardíaco e a pressão arterial baixam;
  • Em 12 horas, o nível de monóxido de carbono no sangue cai para o normal;
  • De duas a 12 semanas, a circulação sanguínea melhora e a função pulmonar aumenta;
  • Entre um e nove meses a tosse e a falta de ar diminuem;
  • Em um ano, o risco de desenvolver uma doença coronariana cai pela metade (em relação a um fumante);
  • Em cinco anos, o risco de ter um acidente vascular cerebral é reduzido ao de um não fumante – cinco a 15 anos após parar de fumar;
  • Em 10 anos, o risco de câncer de pulmão cai para cerca de metade em relação a um fumante e o risco de câncer de boca, garganta, esôfago, bexiga, colo do útero e pâncreas também diminui;
  • Em 15 anos, o risco de doença cardíaca coronária é o mesmo de um não fumante.
  • (Fonte: Organização Pan Americana de Saúde)

 

Quer parar? Conheça 3 métodos e faça sua escolha!

 

  • Parada abrupta

É quando a pessoa para de fumar de uma hora para outra, cessando totalmente o uso de cigarro. Em outras palavras, se consumir um maço por dia, a parada abrupta é fumar o maço usual hoje e nenhum cigarro amanhã.

  • Parada gradual por redução

É quando se reduz gradualmente o número de cigarros diários até parar em definitivo. Por exemplo, um indivíduo que costuma fumar 20 cigarros por dia, se programa para deixar de fumar em 4 dias, diminuindo 5 cigarros por dia. No primeiro dia da programação reduzirá para 15, depois 10, 5 e zero.

  • Parada gradual por adiamento

É quando se adia o horário do primeiro cigarro do dia até parar. Por exemplo, uma pessoa que está acostumada a acender o primeiro cigarro do dia às 8h, se programa para deixar de fumar em oito dias, adiando em 2 horas o primeiro cigarro do dia. No primeiro dia da programação, o primeiro cigarro será aceso às 8h. Às 10h no segundo dia, às 12h no terceiro, e assim por diante. No oitavo dia, tem que acordar e não acender mais nenhum cigarro, porque é o dia da parada.

(Fonte: Programa Nacional de Controle do Tabagismo)

 

Milhões de pessoas morrem por tabagismo ao ano 

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, ou seja, uma epidemia generalizada, e como tal precisa ser combatido.

A OMS aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto desse produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo.

A OMS afirma ainda que cerca de 80% dos mais de um bilhão de fumantes do mundo vivem em países de baixa e média renda onde o peso das doenças e mortes relacionadas ao tabaco é maior (WHO, 2020).

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