Colunas
Lado quente do ser é celebrado a partir desta semana
Como diria a grande cantora e compositora Maria Bethânia, a coluna de hoje é dedicada ao lado quente do ser: a Mulher! Vamos aproveitar o início da celebração da semana da mulher, que começa hoje, e vai até o auge do festejo em 8 de março, próxima terça-feira.
Em nome da sororidade que nos liga a todas as mulheres do mundo, a coluna Entre Sons e Tons reproduz trechos de uma de uma recente conversa com Adriana Mota, pedagoga, que aos 40 anos é coordenadora nacional da Articulação das Mulheres Brasileiras (AMB).
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Em tempos de guerra, Adriana se solidariza com todas as mulheres do mundo em áreas de conflito, sejam sírias, ucranianas, russas. “Estendemos o nosso abraço, pois sabemos que essa não é uma guerra das mulheres, e elas pagam muito caro dentro desse ambiente de guerra, pois os corpos das mulheres também se tornam um campo de batalha”, afirma Mota.
Adriana conta que o Dia Internacional da Mulher surgiu a partir de um congresso em que as mulheres almejaram marcar um dia para unificar a luta pelos direitos das mulheres. “Para que todas as mulheres do mundo pudessem dar voz as suas conquistas e anseios”, explica.
“Muitas pessoas consideram o 8 de março apenas uma data de homenagens às mulheres, mas, diferentemente de outros dias comemorativas, ela não foi criada pelo comércio — e tem raízes históricas mais profundas e sérias”, conta a coordenadora.
Data foi oficializada em 1975 com origem operária
Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, a data é comemorada desde o início do século 20. Hoje, a data é cada vez mais lembrada como um dia para reivindicar igualdade de gênero e com protestos ao redor do mundo, “aproximando-a de sua origem na luta de mulheres que trabalhavam em fábricas nos Estados Unidos e em alguns países da Europa”, explicou Adriana.
Elas começaram uma campanha dentro do movimento socialista para exigir seus direitos — as condições de trabalho delas eram ainda piores que as dos homens à época.
A origem da data escolhida para celebrar as mulheres tem algumas explicações históricas. No Brasil, é muito comum relacioná-la ao incêndio ocorrido em Nova York no dia 25 de março de 1911 na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens (na maioria, judeus), que trouxe à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial.
No entanto, há registros anteriores a esse episódio que trazem referências à
reivindicação de mulheres para que houvesse um momento dedicado às suas
causas dentro do movimento de trabalhadores.
Novas celebrações com antigas bandeiras
Essas bandeiras estão há tantos anos em nossas mãos e continuam latentes em nossas reivindicações: a fome, a guerra, a violência, a ampliação dos direitos, mais mulheres na política. A busca continua e temos que mantê-la viva, todos os dias.
A luta de uma é luta de todas. Daqui dessa coluna segue a esperança de que o dia 8 de março seja lembrado a partir da força, sua garra e resiliência das mulheres.
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