Olá, leitores!
Recentemente (06/03), o governo federal anunciou uma medida que promete reduzir o custo de alimentos básicos importados, como azeite, café, milho e carnes. A ideia é diminuir impostos de importação para tornar esses produtos mais baratos e acessíveis para os brasileiros.
No entanto, essa medida está sendo criticada por especialistas do setor. Eles apontam que muitos desses produtos já possuem tarifas zeradas devido a acordos comerciais com o Mercosul. Ou seja, a mudança pode ter pouco impacto prático nos preços.
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A Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares de São Paulo (Fhoresp) argumenta que uma estratégia mais eficaz seria reduzir o ICMS — imposto estadual — e as taxas cobradas sobre o vale-refeição, que têm influência direta no preço final dos alimentos nos estabelecimentos comerciais.
A pergunta que fica é: essa medida será suficiente para fazer diferença no seu bolso? Especialistas acreditam que, sozinha, ela pode não resolver o problema dos altos preços dos alimentos. Talvez seja necessário repensar a estratégia e focar em impostos que realmente pesam na cadeia de distribuição.
Mas o que é essa tal de “cadeia de distribuição”? É o caminho que os alimentos percorrem desde o produtor até chegar na sua mesa. Envolve o transporte, os impostos que são cobrados no meio do caminho, os custos dos mercados e restaurantes e até mesmo as taxas que os trabalhadores pagam para usar o vale-refeição.
Ou seja, se esses custos não diminuírem, o preço dos alimentos continuará alto, mesmo que o imposto de importação seja reduzido. Vamos continuar acompanhando esse assunto para entender os seus impactos práticos
no nosso dia a dia.
Fique atento(a) aos seus direitos e deveres!
Beatriz Biancato é advogada tributarista em Guarujá, com ênfase em Tributação Municipal, Autora pela Editora Dialética e Idealizadora do Projeto gratuito “Tributário Sem Mistério”, cujo acesso pode ser feito através de www.tributariosemmisterio.com.br
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