Prezado, leitor. Imagine que você tenha uma lojinha e dependa de um fornecedor que, de repente, começa a cobrar mais caro pelos produtos. O que você faz? Repassa o custo para o cliente ou busca outro fornecedor?
Agora, pense nisso em uma escala gigantesca, envolvendo países inteiros. Foi exatamente isso que aconteceu com o novo tarifaço anunciado no dia 02/04 pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele decretou que todos os produtos importados terão uma tarifa mínima de 10%, com taxas ainda maiores para países como China (34%) e União Europeia (20%).
»» Leia também: Coluna: Entenda o Centro de Recursos Fiscais do Airbnb
O Brasil não foi citado diretamente com esse percentual maior, mas isso não significa que estamos livres do impacto. Exportamos toneladas de aço e alumínio para os EUA, além de outros produtos que podem se tornar mais caros e menos competitivos por lá.
Temos os Estados Unidos como segundo maior parceiro comercial, atrás apenas da China. Talvez, uma situação como essa acontecendo a nível global, possa abrir caminhos para diálogo do nosso País com outros Países parceiros comerciais.
O resultado? Menos exportações e, sob um cenário mais pessimista, possíveis cortes na produção e até perda de empregos no Brasil. Além disso, empresas que dependem de peças ou materiais importados podem ver seus custos aumentarem, o que pode chegar ao bolso do consumidor.
Parece um assunto distante, mas as decisões tomadas lá fora afetam a nossa economia de formas que nem imaginamos. Por isso, é fundamental que o Brasil esteja atento e busque novas oportunidades para minimizar os danos e manter nossa competitividade.
Afinal, no grande tabuleiro do comércio mundial, cada movimento pode mudar o jogo para todos nós.
Fique atento(a) ao seu Direito, mas também aos seus deveres!
Beatriz Biancato é advogada tributarista em Guarujá, com ênfase em Tributação Municipal,
Autora pela Editora Dialética e Idealizadora do Projeto gratuito “Tributário Sem Mistério”, cujo
acesso pode ser feito através de www.tributariosemmisterio.com.br.
COMENTÁRIOS