Acumulado de chuvas em janeiro na Cidade foi 13% acima do esperado. Entre os dias 6 e 7 de fevereiro, fortes chuvas surpreenderam, alcançando 60,8 mm em 24 horas. Vistorias rotineiras preventivas seguem nas 15 áreas de risco
Guarujá fechou o mês de janeiro com chuvas 13% acima da média aguardada para todo o mês. Entre os dias 6 e 7 de fevereiro, choveu o equivalente a 60,8 milímetros na Cidade, 89% de tudo o que choveu nos primeiros sete dias do mês, que foram 68 milímetros. Paralelamente, a Prefeitura de Guarujá prossegue com o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) até o dia 31 de março.
Por isso, o trabalho de vistorias é contínuo e rotineiro nas 15 áreas de risco da Cidade. O PPDC teve início no Município em 1º de dezembro do ano passado e pode ser prorrogado até abril deste ano, conforme as condições climáticas.
Conforme explica o geólogo da Defesa Civil, Carlos Adolfo Silva Fernandez, em janeiro a Defesa Civil registrou três pequenos escorregamentos: dois no Morro da Bela Vista e outro no Morro do Engenho, ambos sem vítimas ou danos materiais. Já em dezembro de 2021, essa situação era bem diferente, pois o acumulado de chuvas ficou 40% abaixo da média, sem ocorrências. A previsão de acumulado de chuvas para todo o mês de fevereiro é de 230 milímetros.
Tecnologia
Por isso, Guarujá intensificou as atividades de monitoramento e vistorias diárias nas áreas de riscos de deslizamentos, escorregamentos e alagamentos. Os agentes contam com equipamentos que captam as variações climáticas e auxiliam no planejamento de ações relativas a desastres sócio naturais.
Atualmente, o Município possui 15 estações com pluviômetros automáticos, que cobrem 143 km² de extensão da Ilha de Santo Amaro, monitorando as áreas de risco geológico e áreas suscetíveis a alagamentos, enchentes e inundações. Além disso, conta também com um sensor de raios, fruto de uma iniciativa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e uma plataforma de coleta de dados geotécnicos (medem a umidade do solo).
Em Guarujá, a execução do Plano acontece em parceria com a Defesa Civil do Estado de São Paulo, durante a época de chuvas intensas na temporada de verão. A Cidade está inserida no PPDC desde a sua criação, em 1989.
O plano é baseado em acompanhamento meteorológico, leitura pluviométrica e vistorias de campo, e é dividido em níveis de observação, atenção, alerta e alerta máximo. Em cada um desses níveis determina-se uma ação de um ente participativo do plano, que inclui Defesa Civil Estadual, Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e bombeiros.
Além disso, a Defesa Civil Estadual dispõe do serviço de SMS para aviso de chuva ou tempestade, que podem ser acessados por qualquer pessoa cadastrada. Para solicitar o serviço, basta enviar um SMS para o número 40199 e digitar o CEP da sua residência ou de outros locais de interesse.
Observação
Quem reside em áreas de risco deve estar sempre atento às seguintes orientações da Defesa Civil:
– Preservar o meio ambiente do entorno de sua residência é essencial
– Não jogar lixo nas ruas. O lixo dificulta o escoamento das águas das chuvas
– Fique atento aos sinais de movimentação de terra como: aparecimento de fendas, depressões no terreno e rachaduras nas paredes, minas d’agua, inclinação anormal de muros, postes ou árvores
Serviço – Ao detectar esses casos, saia de casa imediatamente e acione a Defesa Civil pelo telefone 199, que mantém plantão 24 horas.
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